INSTITUTO
WALTER LESER
Saúde coletiva & cidadania
Saúde no ambiente
SEMINÁRIO SAÚDE AMBIENTAL
O caso Rhodia por dois ex-funcionários
IWL promove ciclo de palestras sobre contaminação nas metrópoles e sua relação com a atenção básica
SERVIÇO
SEMINÁRIO SAÚDE AMBIENTAL 2023
TEMA: Saúde ambiental e ocupacional: conceitos históricos e atuais. A construção da Saúde Ambiental como campo de conhecimento e prática
DIA: 11 DE MAIO; 01, 15 e 22 DE JUNHO
HORÁRIO: 17H30 ÀS 18H30
LOCAL: Rua General Jardim, 522 - Vila Buarque, São Paulo - SP
29 de maio de 2023
TRANSMISSÃO AO VIVO PELO YOUTUBE
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COORDENAÇÃO
Alfésio Luís Ferreira Braga
Pediatra, epidemiologista; professor de saúde pública na Universidade Católica de Santos. Pesquisador no Núcleo de Estudos em Epidemiologia Ambiental (NEEA-LPAE) da FMUSP
Coordenador do GT Saúde e Ambiente do IWL-FESPSP
Luiz Alberto Amador Pereira
Médico sanitarista, professor da Faculdade de Medicina da UNOESTE e pesquisador no Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental e no Núcleo de Estudos em Epidemiologia Ambiental do LIM-05 (NEEA-LPAE) da FMUSP
Na próxima quinta-feira, dia 1 de junho, o Grupo de Trabalho Saúde no Ambiente do Instituto Walter Leser (IWL-FESPSP) dá continuidade ao ciclo de palestras SEMINÁRIO SAÚDE AMBIENTAL 2023, com a palestra O Caso Rhodia: um caso de saúde ocupacional que ultrapassou os limites da planta, em que dois ex-funcionários da Rhodia - Jeffer Castelo Branco, doutor pela UNIFESP, e Marcio Antônio Mariano da Silva, diretor da Associação de Combate aos Poluentes (ACPO), e Elio Lopes dos Santos, da Universidade Santa Cecília, analisam um dos mais emblemáticos casos de contaminação. A palestra tem início as 17h30 e término previso para 18h30 e também será transmitida online.
A coordenação é de Alfésio Luís Ferreira Braga, pediatra e epidemiologista, coordenador do GT Saúde no Ambiente-IWL, em parceria com Luiz Alberto Amador Pereira, médico sanitarista e professor na Faculdade de Medicina da Unioeste. O ciclo teve início no último dia 11 de maio e terá encontros semanais até 22 de junho, em São Paulo.
Os relatos de Jeffer e Márcio Antônio, os dois ex-funcionários da Rhodia, são embasados em um dossiê do caso, publicado pela ACPO. A Rhodia chegou à região da Baixada Santista, no Litoral do Estado, em 1965, auge da ditadura militar no Brasil. Amparada e protegida pelo governo militar, a empresa passou a produzir na região solventes clorados, substâncias altamente tóxicas, algumas posteriormente proibidas, como o tetracloreto de carbono (CCl4), utilizada em extintores de incêndios (proibida porque formava substâncias ainda mais perigosas durante o combate às chamas); o gás Freon, utilizado nas geladeiras e que destrói a camada de
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DIA 11-05 - Saúde ambiental e ocupacional: conceitos históricos e atuais. A construção da Saúde
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ozônio; e o tetracloroetileno (C2Cl4), no comércio como percloroetileno, desengraxante de metais utilizado na indústria automobilística e nas lavanderias, para lavagem à seco.
A atividade da Rhodia na Baixada Santista entre 1974 e 1993 resultou em 20 mil toneladas de resíduos despejados de forma irregular, que teriam contaminado mais de 300 mil toneladas de solo, que ainda permanecia como um passivo ambiente em 2004, data da última atulização do dossiê. No início dos anos de 1980, a cidade de Cubatão, sede do polo petroquímico, ficou conhecida como a cidade dos "bebês sem cérebro", em virtude de uma explosão de casos de bebês mal formados: de 1978 a 1984, foram registrados 18 nascimentos de crianças anencéfalas. O problema era principalmente na Vila Parisi. Os especialistas rapidamente apontaram a atividade industrial na área como fonte do problema e mais tarde, se descobriu que “alguma substância impedia o aproveitamento do ácido fólico", vitamina do complexo B que reduz riscos de malformação congênitas em bebês. A cidade era considerada a mais poluída do país.
No terceiro encontro, dia 15 de junho, a médica Karina Calife, coordenadora geral do IWL-FESPSP e professora na Faculdade de Ciências Médicas - Santa Casa de São Paulo, conversa com Alfésio e Luiz, organizadores do ciclo, sobre o Caso Vila Carioca na palestra Vila Carioca: do diagnóstico à intervenção.
Encerrando o ciclo, uma discussão sobre Saúde ambiental na Grande São Paulo com Rodrigo Romão, professor de Gestão Ambiental na Faculdade de Medicina do ABC, no dia 22 de junho
Polo petroquímico de Cubatão, na Baixada Santista. Foto ilustra matéria do REPÓRTER DIÁRIO de setembro de 2017 a respeito da condenação de 24 empresas em um processo que durou 31 anos. Entre elas, a Rhodia
DIA 15/07 - Vila Carioca: do diagnóstico à intervenção
DIA 15/07 - Vila Carioca: do diagnóstico à intervenção