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Pandemia

15 de abril de 2020

Agentes funerários fazem novo alerta sobre enterros no Vila Formosa

Na segunda-feira, de 48 sepultamentos, 25 eram D3, modo usado quando há risco de contaminação, como no caso dos mortos por Covid-19

FELIPE VITE

FOTO: Edi Sousa/SINDSEP

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NA PÁSCOA: Servidores municipais de SP fizeram manifestação silenciosa contra falta de equipamentos de proteção

Os funcionários do cemitério da Vila Formosa, o maior da América Latina, soltaram mais um alerta na última segunda-feira (13/04), a respeito dos enterros realizados ali. Dessa vez, para a quantidade de enterros D3, sepultamentos onde há risco de contaminação biológica, como nos casos em que há suspeita ou confirmação de COVID-19.

Dos 48 enterros feitos na segunda-feira, 25 foram D3. O Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) já havia divulgado no início de abril, informação da administração sobre aumento de 45% no número de enterros diários: de 40 por dia, para 58 nas últimas semanas de março.O cemitério virou manchete na mídia internacional no dia 2 de abril, quando o The Washington Post publicou na capa uma foto aérea com a cena dramática de 150 covas rasas abertas. Matéria publicada pelo O Estado de S. Paulo no dia seguinte informa que além do maior número de covas, a Prefeitura havia contratado 220 agentes funerários por seis meses, para compensar o afastamento de 60% do efetivo (idosos) e também um aumento no número de óbitos.

Na última semana, o problema também aparece em Manaus, capital do Amazonas,

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estado com a maior incidência da doença.O prefeito, Arthur Vigílio Neto, declarou que a cidade já vivia um "colapso funerário" e nota da Secretaria Estadual de Saúde informou que o mesmo estava prestes a acontecer com o sistema de saúde. O principal hospital de Manaus no combate ao coronavírus, o Delphina Aziz, está com 60 dos 69 leitos de UTI ocupados e já existe uma fila de pacientes a espera dos leitos do hospital de Campanha, ainda em montagem. Durante uma coletiva na sexta-feira (10/04), aflito com a situação que se via obrigado a relatar, Arthur Virgílio desabafou

"Está havendo um colapso funerário, os enterros estão crescendo de maneira exponencial, as mortes. É uma situação que deixa as pessoas nervosas, estressadas. Atitudes como a do presidente, que sai tranquilamente às ruas e mostra que para ele não há perigo em nada, fazem com que hoje muitas ruas em Manaus estejam cheias de carros".

No dia 13 de abril, o estado do Amazonas registrou 1.275 casos confirmados da COVID-19, com 71 mortes. Manaus computa 62 do total de óbitos do Estado.

Na capital paulista, maior epicentro da epidemia, o Sindisep está cobrando da prefeitura e do Serviço Funerário Municipal de São Paulo a criação de um painel permanente para melhor transparência com os dados de sepultamentos e cremações na cidade. O sindicato ainda faz um alerta aos agentes funerários, sobre uma possível escassez de EPIs e denuncia que a aquisição de apenas 2.700 macacões de proteção individual são insuficientes, já que o material deve ser descartado após o primeiro uso.

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